Breve história do açúcar

Será que sabe o que é o açúcar e como surgiu na nossa alimentação?
A Humanidade evoluiu durante milhares de anos nutrindo-se dos alimentos que a natureza lhe oferecia, alimentos simples e que estavam ao alcance da mão: frutas, raízes, frutos do mar, aves, ovos, carnes em geral, gorduras e leite.

Depois de descobrir que alimentos lavados na água do mar ganhavam um sabor especial, o homem incorporou o sal à sua dieta. Em contrapartida, verificou que o mel conferia um sabor doce aos alimentos e este passou a ser o seu adoçante.

Há menos de dez mil anos o homem dominou o cultivo das sementes, dando início à agricultura moderna. Há menos de mil anos o homem aprendeu a extrair o açúcar da natureza e há pouco mais de 400 anos praticamente universalizou o seu consumo.

Sabe-se que antes de 1500 o mundo europeu adoçava seus alimentos e bebidas com um pouco de mel, pois desconhecia-se o açúcar. O consumo de açúcar na Europa foi crescendo lentamente ao longo do século XVI e XVII sobretudo depois que a população começou a consumir bebidas tropicais como chocolate, café e o chá.

Açúcar e as doenças.
O facto de o homem ter universalizado o consumo de açúcar certamente foi um dos principais fatores do aparecimento da obesidade, dos diabetes e de outras doenças crônicas. Apesar de na antiguidade o tempo médio de vida das pessoas ser menor, devido às duras condições de existência, muitas das doenças comuns atualmente eram menos frequentes, entre elas as doenças cardiovasculares e diabetes.

Atualmente a bioquímica humana revela que o coração é dependente de gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais, mas de nem um miligrama sequer de açúcar.

Se por um lado o cérebro necessita da glicose, que é o açúcar proveniente dos alimentos e que não faz mal à saúde, por outro lado o problema está no açúcar refinado, presente hoje em dia em muitos alimentos processados consumidos diariamente e que os mais distraídos ou menos informados nem sequer imaginam.

É o açúcar um alimento?
O açúcar não é o que a maioria das pessoas pensa!
Um alimento inocente ou um carboidrato como outro qualquer.
É um agente químico agressor do organismo, que transforma o alimento do ser humano, de um meio de vida a um meio de doenças.

A meu ver, o açúcar não pode ser considerado um alimento pois a partir do processo de refinação ele deixa de ser alimento e assume o caráter de um composto químico puro. O mel fonte de glicose e frutose, esse sim é um alimento de verdade.

Açúcar refinado.
O açúcar é extraído a partir da cana-de-açúcar ou da beterraba, mas entre a cana-de-açúcar e o pacote de açúcar existe um longo processo: clarificação com substâncias como cal, sim cal de pintar paredes (fosfatos, bentonita e polieletrólitos), condensação, cristalização e refinamento.
Durante o refino, inúmeros produtos químicos são utilizados para que o açúcar fique branco, bem solto e bonito, químicos como a resina e o carvão animal que é obtido a partir da queima de ossos e partes córneas de animais.

Nesse processo, os sais minerais, as proteínas e outros nutrientes são eliminados e o que sobra é um produto químico que é apenas calorias vazias.

O consumo de açúcar produz um estado de superacidez que desmineraliza o organismo, o corpo passa então a ter falta de cálcio, magnésio, zinco, cobre e selênio, dentre outros nutrientes.

O açúcar é hoje em dia adicionado artificialmente a muitos alimentos processados, como por exemplo, sumos de fruta e refrigerantes, molhos e temperos para saladas, pão branco, bolos, batatas fritas, gelados, doces e compotas, guloseimas, bolachas e até nos alimentos mais improváveis, como os iogurtes de baixo valor calórico, sopas instantâneas, legumes e frutas enlatadas, cereais de pequeno-almoço, barras de cereais, salsichas e tartes de carne.

Açúcar pode ser altamente viciante.
Segundo estudos recentes realizados nos EUA, existem evidências de que os alimentos ricos em gordura, açúcar e sal podem alterar a química do cérebro da mesma forma como drogas altamente viciantes, como a cocaína e heroína.
Porque que gostamos tanto de comeres doces? É difícil não querer uma doce extra de uma sobremesa, mais difícil por vezes é parar na primeira colher.

A redução gradual ou total do consumo de açúcar é uma questão de pura decisão! Opte pela sua saúde!
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